"O livro de Márcia Patrizio dos Santos merece ser lido e isso por várias razões. Mas, sobretudo, por três. Em primeiro lugar, por se apoiar sobre a idéia de corpo, esse fil rouge, conforme o prefaciador P-F Moreau, que analisa e reconstitui o sistema inteiro de Spinoza. Em segundo lugar, o que é ilustrado por Guéroult, é toda a arquitetônica filosófica. Mas, ao contrário de Guéroult, a autora pontua que os conceitos filosóficos devem sua validade ao seu potencial de idéias e que a sua “veracidade” se assenta única e exclusivamente sobre sua solidariedade mútua. Isso significa apenas uma solidariedade conceitual? Não. Isso significa que, antes e acima de tudo, um sistema tem de ser coerente e, também, exprimir o real.
Trata-se, ainda, de um livro não só escrito com espírito analítico, essencial nas teses de História da Filosofia, mas, especialmente, um livro escrito sob o signo da Paixão: paixão por Espinosa. E é esse um elemento fundamental: a cada idéia, a cada conceito, a cada tese Márcia Patrizio não faz uma afirmação fria, quase como indiferente. A autora assume o papel de Espinosa, e é isso que estou chamando de Paixão. Nesse sentido, a paixão ocupa um papel tão relevante como o espírito analítico; e Márcia Patrizio exprime muito bem essas duas facetas, sem jamais confundi-las.
Que o próximo volume seja tão analítico e, para usar um termo sartreano, engajado, como é o que o leitor tem em mãos!"
Luiz R. Monzani
Acabei de comprar!! hehehehehe
ResponderExcluirQue legal. Eu quero comprar nesse próximo mês!
ResponderExcluirAha... nessa, eu ganhei de vocês. Fui ao lançamento do livro, com direito à autógrafo da autora. Rsss.
ResponderExcluirCleiton, só vi ontem seu e-mail. Agradeço muito pelo envio. Já imprimi o material. Farei o máximo para ler brevemente.
Abraços, amigos.
Putz... direito a autógrafo e tudo é? Esta matou...
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